segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Caculé: Audiência Pública discute seca e seus efeitos

Barragem do Truvisco se encontra hoje com 50% das comportas abertas


Uma Audiência Pública na Câmara de Caculé, no Sudoeste Baiano, na última semana, discutiu a seca que atinge os munícipios de Caculé, municípios Rio do Antônio, Guajeru e, especialmente, Malhada de Pedras. A questão discutida foi a intenção dos órgãos gestores das águas em abrir 100% das comportas da Barragem do Truvisco, localizada em Caculé, visando minimizar os efeitos da seca nos municípios Rio do Antônio, Guajeru e, especialmente, Malhada de Pedras. ‘O Truvisco está com 50% das comportas abertas e a ação de escoar as águas desta barragem é paliativa, com consequências imprevisíveis, já que o leito do Rio do Antônio se encontra muito seco, as barragens dos municípios vizinhos são pequenas e estão assoreadas. Além do mais, a distância que se pretende atender é longa – em média 100 km e, em decorrência disso, haveria grande desperdício desta água, correndo-se o risco do Truvisco secar e ainda assim, não atender aos objetivos do escoamento, que é abastecer os municípios vizinhos’, argumenta o prefeito de Caculé, Luciano Ribeiro (DEM). A Audiência finalizou com a deliberação unânime da assembleia para que o prefeito Luciano Ribeiro encaminhe expediente ou entre em contato por outros meios com os gestores do sistema hídrico da Bahia a fim de buscar uma solução de alento e de conforto à comunidade caculeense. Se, contudo, desta providência não obtiver êxito, nova Audiência Pública será designada para novas medidas. Em reunião, na última quarta-feira (9), a Comissão do Açude do Truvisco decidiu pela permanência da abertura da barragem em 50% por mais 15 dias. Neste momento, o prefeito de Malhada de Pedras, Valdecir Bezerra, alegou que durante os 25 dias de escoamento da barragem uma quantidade ínfima de água chegou a Malhada de Pedras, e confessou que realmente essa não é a solução para o problema. Embora convidados, não compareceram à Audiência, representantes do Instituto de Gestão de Águas e Clima (Ingá), Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), que poderiam trazer confortar a população que vive angustiada com a escassez da água.

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